
Como liderar em um mundo em que a pressa atrapalha os relacionamentos
Vivemos em um tempo em que os funis de vendas atacam nossos celulares antes mesmo do café da manhã, onde metas importam mais que vínculos, e onde a ansiedade é silenciosa — mas coletiva. Nesse novo cenário, uma pergunta se impõe: como liderar sem adoecer a si mesmo e sem comprometer o potencial das pessoas?
Por muitos anos, o modelo dominante de liderança se baseou em velocidade, comando e controle. E embora isso tenha funcionado em outro contexto, hoje ele está ultrapassado. Continuar liderando como se estivéssemos nos anos 90, enquanto o mundo clama por humanidade, só aprofunda a crise de confiança nas empresas.
A liderança que o presente exige — e o futuro recompensa — é outra.
Menos comando, mais conexão
O novo líder entende que não precisa saber tudo. Ele precisa saber escutar. Precisa inspirar. Precisa ancorar. Em vez de se esconder atrás de metas inalcançáveis, ele fala sobre propósito, vulnerabilidade e cultura. Cria ambientes seguros onde pessoas possam errar, aprender e crescer. Valoriza o processo e as relações, porque entende que não se constrói nada grandioso com pressa e medo.
Ao contrário do que muitos pensam, esse novo modelo não enfraquece a performance — ele a fortalece. Empresas que priorizam vínculos, cuidado e clareza são mais resilientes, mais inovadoras e mais humanas. E isso se traduz, sim, em resultados sustentáveis.
A coragem de desacelerar
Liderar num mundo ansioso é, antes de tudo, um ato de coragem. Coragem para dizer “não” a metas tóxicas, para questionar o ritmo acelerado que sacrifica a saúde mental, e para lembrar que produtividade sem propósito é apenas uma forma disfarçada de desgaste.
Estamos em um momento em que precisamos decidir: vamos continuar sendo chefes que aceleram o caos? Ou seremos líderes que criam espaço para que pessoas floresçam?
O legado de um líder não está apenas nos números que entrega, mas nas pessoas que transforma. E transformar exige tempo, paciência e presença.
Mais do que nunca, precisamos de lideranças que saibam respirar — e ajudar o time a respirar junto. Que saibam pausar sem culpa. Que entendam que resultados extraordinários vêm de ambientes saudáveis.
Porque, no fim das contas, o futuro não precisa de mais velocidade. Ele precisa de mais consciência.
Guy Peixoto Neto é empreendedor serial, mentor de empreendedores e autor do livro 101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo.
Fundador da BeeKeep Investimentos, já liderou mais de 11 negócios e hoje se dedica a ajudar centenas de empreendedores a atingirem R$ 5 milhões por ano em receita.
Por Guy R. Peixoto Neto
Guy Peixoto
Empreendedor Serial | Mentor de Empreendedores | Palestrante | Investidor | EO | YPO | Autor do Livro 101 Principios Essenciais do Empreendedorism
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