TrêsTendências de Mercado para 2022
A economia circular se tornará algo imperdível e vai atrair muito investimento
Lojas como a Patagonia já executam programas de recompra, e a H&M e IKEA estão desenhando seus produtos pensando em reutilização. As lojas de departamentos francesas Galeries Lafayette e Printemps 7ème Ciel revelaram seus "espaços de moda circular" em 2021, apostando em consumidores mais conscientes. Estes passaram a gostar de comprar produtos de segunda mão porque “são únicos e menos caros” — e é divertido encontrar uma pechincha ou item especial. Para varejistas e marcas, faz sentido tanto quanto para o planeta quanto para o negócio: 60% dos adultos na França, 49% no Reino Unido e 41% nos EUA preferem comprar produtos ambientalmente sustentáveis. Ou seja, são mais dispostos a comprarem produtos usados que, supostamente, não estão agredindo o meio-ambiente.
Serviço de devoluções se tornará o próximo diferencial de serviços competitivos no varejo
Originalmente visto como parte de operações "chatas, mas necessárias", a devolução se tornará um diferencial cada vez mais relevante para os varejistas em 2022. A facilidade de devolução influencia diretamente as escolhas dos consumidores: cerca de três em cada cinco consumidores franceses, britânicos e norte-americanos preferem varejistas que oferecem frete de devolução grátis; cerca de dois em cada cinco preferem varejistas que fornecem reembolsos através da forma original de pagamento. Mais importante, muitos consumidores ainda têm medo de comprar online por conta da dificuldade de retornar os produtos! Varejistas e marcas obcecadas pelo cliente investirão para atualizar as devoluções, como locais, processos simplificados, emissão de reembolso, processamento de retornos internos.
Parcerias — de todos os tipos — serão a chave para o crescimento em meio ao tumulto no mercado
A turbulenta década de 2020 começou com um estrondo (pandemia) — e varejistas e marcas experientes estão sabiamente fazendo parcerias para aumentar sua agilidade nos negócios, se reinventar continuamente e atrair novos clientes. Pense em varejistas estabelecidas em parceria com marcas diretas ao consumidor que estão ansiosas para estabelecer e expandir sua presença física — menos a curva de aprendizado das operações da loja e o custo de ir sozinho. Pense também em varejistas investindo ainda mais em mídia de varejo crescentes para colher receitas impressionante. Além disso, as mudanças regulatórias na China em torno da regulação do mercado e, significativamente, de proteção de informações pessoais significam que as marcas ocidentais vão passar o ano de 2022 vetando e cortejando novos parceiros por lá além do Alibaba e JD.com, incluindo marketplaces de nicho através de empresas como Douyin, Little Red Book e WeChat. Por aqui, quem conseguir destravar parcerias com os gigantes dos Estados Unidos e China larga significativamente na frente.
Alfredo Soares
Empreendedor com mais de dez anos de experiência em vendas e marketing.