TODOS SOMOS UMA MARCA
Criar uma campanha de marketing impactante, veicular uma propaganda de destaque durante o horário nobre da emissora mais popular, fazer ações com a participação do ator ou atriz mais famoso(a) do momento. No passado, essa era a forma mais eficaz de uma marca ganhar prestígio e ser reconhecida pelo público. No entanto, as coisas mudaram e essa já não é mais a única nem a melhor maneira de fazer publicidade. Com a popularização da internet, as marcas descobriram outras estratégias para se posicionar no mercado, contando com uma ferramenta de impacto gigantesco: os próprios consumidores, ou seja, pessoas reais.
Para ter uma noção desse alcance, basta pensar nos influenciadores digitais. Alguns deles cresceram tanto que se tornaram uma marca em si mesmos, valendo hoje milhões de dólares. E não estou exagerando. A italiana Chiara Ferragni, que tem mais de 29 milhões de seguidores no Instagram (no momento em que escrevo esse texto), expressou sua intenção de abrir seu capital na Bolsa de Valores de Milão, na Itália. A ideia é realizar uma oferta pública para monetizar seu próprio estilo de vida.
E o que isso significa? Significa que além de ser uma pessoa de sucesso nas redes sociais, ela mesma se tornou uma marca. Por aqui também temos grandes exemplos de sucesso como Nati Vozza e Camila Coutinho. Em 2009, Nati começou compartilhando dicas de moda em seu blog GLAM4YOU e depois lançou sua própria marca de roupas, a ByNV, que em 2020 foi vendida por 210 milhões de reais para o grupo Soma, proprietário de marcas como Farm e Animale. Já a influenciadora Camila Coutinho foi além dos blogs e hoje possui uma empresa de comunicação, parcerias com várias marcas e empresas de cosméticos.
Essas pessoas são verdadeiras máquinas de vendas para as marcas. Nenhuma propaganda na televisão gera o mesmo resultado exponencial que esses influenciadores. Com trinta milhões de seguidores, a influencer Virginia Fonseca vendeu cem mil unidades de um produto de cuidados com a pele, pertencente à marca da qual ela é sócia, apenas no mês de lançamento. Nas primeiras quatro horas, foram trinta mil vendas, o equivalente a 125 produtos por minuto.
A skatista Leticia Bufoni, a única mulher do mundo a conquistar três medalhas de ouro nesse esporte em um único ano, criou uma linha de tênis em parceria com a Nike e, antes mesmo do lançamento oficial, já havia vendido mais de 18 mil pares apenas nos Estados Unidos.
As marcas já perceberam essa nova realidade e buscam se aproximar não apenas desses influenciadores de grande porte, mas também de outros que não têm milhões de seguidores, mas ainda assim representam um bom negócio. O que importa é a influência que esse criador de conteúdo tem no espaço ocupado pela marca.
Portanto, se uma empresa em uma cidade do interior deseja realizar uma ação de marketing com um creator, ela pode contratar um residente local que tenha muitos seguidores, sem precisar dos grandes meios de comunicação. A influência ocorre quando ele consegue impactar seu público com a mensagem correta. E isso é o mais importante.
O que começou com as grandes marcas e influenciadores com milhões de seguidores deu lugar agora a todas as pessoas. Essa é a grande verdade. Qualquer um pode publicar uma história no Instagram ou fazer uma postagem e ter cem, mil indivíduos lendo a mensagem. Isso é exercer influência. Agora imagine uma marca tendo trinta clientes postando seus produtos espontaneamente e cada um alcançando cem visualizações. Sem pagar nada, a marca alcançou três mil pessoas, apenas pedindo que façam uma postagem usando uma hashtag. Isso democratiza o setor, pois qualquer pessoa tem a oportunidade de divulgar a empresa, mas também torna o mercado mais competitivo, afinal, todos têm voz. O desafio é saber como aproveitar essa situação.
Em um mundo em que todos somos marcas, como podemos nos diferenciar? Como crescer em um mercado tão competitivo? É isso que discuto no meu mais novo livro Todos Somos Uma Marca. Nele, eu mostro aos empreendedores e profissionais de marketing as mudanças no comportamento do consumidor e na comunicação, bem como os gatilhos mentais que capturam a atenção desses clientes e a importância de oferecer não apenas um produto, mas criar experiências.
Imagine o Rock in Rio, por exemplo. Participar deste evento não se trata apenas de assistir a shows de grandes bandas e cantores, mas de vivenciar o clima que envolve o evento. É uma experiência de entretenimento. Todos querem estar lá e todas as marcas também desejam estar presentes e aproveitar essa atmosfera. As marcas precisam estar próximas dos clientes de maneira mais humanizada. Já falei sobre isso em palestras e cursos que ministrei. Em certos momentos, é melhor cumprimentar o cliente do que mostrar as ofertas da semana. E mais: pensar no impacto social.
Durante a pandemia, quantas marcas se esforçaram para doar álcool em gel e máscaras para a população? Em um artigo publicado no portal Meio&Mensagem, Fric Messa explica que as empresas não estão fingindo serem boazinhas ao realizar essas ações. Elas estão cientes de que os consumidores são mais críticos hoje em dia e têm as redes sociais para expressar suas opiniões, por isso, precisam adotar estratégias de engajamento para terem seus consumidores como apoiadores, e não como meros explorados. É um paradigma em que o cliente é o foco do negócio e o negócio é pensado para o cliente.
Há mais de dez anos, venho falando com empreendedores sobre as transformações no setor de marketing e a importância dos clientes para as empresas. No meu primeiro livro publicado pela Editora Gente, "Bora Vender", contei minha história e como conquistei autoridade no campo das vendas. Não foi fácil; passei por muitos desafios, mas consegui. No segundo livro, "Bora Varejo", levei minha forma de pensar para o varejo, abordando o comércio eletrônico, um dos assuntos em que sou especialista, e a transformação digital que auxiliou as empresas a enfrentarem a pandemia de COVID-19, uma das maiores crises deste século.
No meu terceiro lançamento, abordo a nova forma de construir uma marca, com base em toda a minha experiência ao criar a XTECH, o Exército Bora Vender e, mais recentemente, o G4 Educação, que começou com cursos de imersão de dois dias, expandindo progressivamente até se tornar uma empresa de comunicação com mais de quinze programas voltados para empreendedores. Essa iniciativa, inclusive, deu origem a outros negócios, como produtos digitais, educação B2B para empresas, cursos corporativos e a criação do G4 Club. Tudo isso só foi possível porque a marca se fortaleceu ao apoiar as pessoas que participaram dos cursos. Meu novo livro revela e explica o novo momento de transformação que estamos vivendo, no qual a construção de marcas ocorre por meio de pessoas que se tornam canais de vendas, conteúdo e comunicação.
Aprender a lidar com esse novo cenário é urgente, por isso, não deixe de garantir Todos Somos Uma Marca para que eu possa te mostrar como fazer isso.
Adquira o seu
Alfredo Soares
Empreendedor em vendas e marketing
Empreendedor com mais de dez anos de experiência em vendas e marketing.
Fotos: Divulgação