Perfil Business Case Mulher - CarolFrizzo
Mulheres empreendedoras que nos inspiram!
Se depender do exemplo delas, vai ser cada vez mais comum encontrar mulheres empreendedoras administrando grandes negócios fomentando o empreendedorismo e seus inúmeros segmentos.
Nesta edição do Perfil Business Case Mulher, evidenciamos o case da Consultora de Imagem e Modelo, Carolina Frizzo.
Carol nos conta sobre sua trajetória, evidencia a ascensão como modelo e sua paixão pela área da moda.
Quem é a Carol nesta jornada de desafios, sucesso e ascensão?
Eu sou uma mulher que acredita que nunca é tarde para começar. Com certeza faço parte de um grande grupo de pessoas que decidiu ajustar a rota de suas vidas no meio da viagem e buscar o sonho de trabalhar com o que amam. Depois de dez anos trabalhando no mercado financeiro e com uma carreira estável, decidi dar uma guinada e me tornar uma consultora de imagem. Durante os últimos anos como bancária percebi que estava perdendo o brilho nos olhos, me sentia presa ao trabalho, como se estivesse desperdiçando meu tempo ali, não me identificava mais com o que fazia.
Entendi que para me dedicar de verdade a algo é preciso colocar alma no que se faz, e alma para mim é o que mora na essência, na minha estava a moda e a comunicação. Eu ouço muitas histórias como a minha, principalmente de clientes da consultoria, sobre um novo momento de vida e transição de carreira. Sinto que a minha experiência e conhecimento me permitem ajudar outras mulheres em seus começos e recomeços. O meu desafio é continuar evoluindo, através da minha essência, como mulher e profissional, e trazer comigo nessa jornada outras mulheres, que assim como eu, têm muito para aprender, mas também muito para compartilhar.
Como descobriu sua paixão pela moda, teve algum mentor(a) que a influenciou?
Eu identifiquei essa paixão aos poucos. Desde menina sempre gostei de roupas, sapatos e acessórios. Amava quando minha mãe me levava nas lojas para comprar um vestido novo e não via a hora de usá-lo. Quando entrei na adolescência essa paixão cresceu e já ajudava minhas amigas a escolherem o look para as festinhas.
Em paralelo surgiam modelos como Gisele Bündchen e Adriana Lima, e meu sonho adolescente era entrar para o mundo da moda como modelo. Participei de alguns concursos como o Dakota Elite Model Look, que revelavam novos talentos, porém chegou a época de entrar na faculdade e o sonho adolescente ficou de lado. Durante os anos de faculdade ainda modelei para alguns estúdios, para comprar as roupas que eu gostava de vestir, trabalhei meio período em lojas de shopping, e ainda antes de entrar no banco pude trabalhar em um escritório de representação de marcas de roupa onde eu fazia de tudo um pouco: modelava em showrooms, criava material de apoio para os lojistas sobre as tendências de moda e ensinava argumentos de venda para cada peça que eu provava e acabava ajudando a vender.
Naquela época meu foco era uma colocação profissional que me trouxesse mais conforto e estabilidade, por isso quando fui chamada no concurso do Banco do Brasil em 2010 deixei tudo para trás e decidi fazer carreira no mercado financeiro. O amor pela moda nunca me deixou, mesmo trabalhando em uma atividade tão diferente como a bancária, nunca deixei de acompanhar a moda e aprimorar meu estilo. Meu visual mais alinhado e sofisticado sempre chamou a atenção de colegas e clientes, era chamada de “gerente estilosa”. Quando decidi deixar o banco e começar a trabalhar como consultora de imagem, em 2020, comecei a acompanhar pelo Instagram o trabalho da Leila Ama, consultora de imagem consolidada e aclamada no mercado, acho que posso citá-la como mentora de certa forma, gosto de pensar nela como um norte, um objetivo a atingir. Acho importante também citar nomes bem conhecidos do cenário nacional como Glória Kalil e ConstanzaPascolato, referências quando o assunto é estilo e elegância, dois valores bem fortes do meu trabalho.
“A moda é passageira, o estilo permanece.”
Tem influenciado seus seguidores nas redes sociais, além da moda e estilo como Lifestyle, também em viagens e gastronomia. Qual é o seu propósito?
Minha principal rede social hoje é o Instagram, antes do meu perfil me render novos clientes e trabalhos como modelo e influenciadora, era simplesmente uma conta pessoal de uma pessoa comum, e gosto de pensar que continua sendo. Isso porque sou “gente como a gente” e acredito que as conexões acontecem onde há identificação. Sou uma pessoa que gosta de novas experiências, explorar o mundo e conhecer outras culturas, sou uma pessoa que também gosta de moda, boa gastronomia e busca um estilo de vida equilibrado, e compartilho isso nas redes sociais com o propósito de me conectar com outras pessoas que tenham os mesmos interesses e valores que eu. Além disso, também trabalho como modelo e faço alguns trabalhos como produtora de moda e styling, uso meu perfil no Instagram como um tipo de portfólio onde posso compartilhar um pouco dos meus trabalhos nessas áreas também relacionadas com moda.
A Revista Perfil ajuda jovens na escolha e na construção de suas vidas profissionais. Com a crescente automação e, ao mesmo tempo com uma enorme ampliação das oportunidades, o que você recomenda aos adolescentes sobre como organizar suas escolhas?
Eu acredito que 17 anos ainda é muito cedo para decidir o que vamos fazer para o resto da vida. Eu trilhei o caminho convencional: fundamental, médio, superior e especialização. Eu amei minha formação em comunicação social e uso muito tudo que aprendi, mas na época eu não consegui identificar que a paixão pelo mundo da moda talvez fosse um caminho alternativo. Além disso saímos da faculdade muitas vezes sem a real noção de como está o mercado de trabalho para a profissão que escolhemos. Por isso eu acredito que além de pensar na formação profissional, é importante que os adolescentes busquem experiencias inéditas que permitam conhecer mais sobre temas variados e entender o que realmente os fascina, que seja ativo e sinta-se parte da sociedade e que aprenda a desenvolver resiliência para ajustar o curso de sua vida sempre que for necessário. Outra coisa que considero essencial para os jovens é buscar em pessoas mais experientes guias para sua jornada, ouvir quem está na estrada a mais tempo pode ser útil quando surgirem os obstáculos.
Com o crescimento do mercado da Imagem Pessoal e o número cada vez maior de consultoras atuando, o que você considera essencial para uma boa consultora de imagem? O que você acredita ser o diferencial do seu trabalho?
Eu venho acompanhando um “boom” nesse segmento do mercado de moda e estilo. O que eu vejo muito, principalmente em tempos de redes sociais, são receitas mágicas, dicas engessadas e conteúdo superficial, mastigado e pronto para consumir, e isso me preocupa.
Fala-se tanto hoje em autenticidade, mas ao mesmo tempo observo uma corrida desesperada das pessoas em busca dos mesmos padrões. Como consultores de imagem devemos nos guiar sempre pelo lado mais profundo e bonito da consultoria de imagem, a mudança de mind set que promovemos em nossos clientes e o quanto somos responsáveis por isso. Para que uma consultoria de imagem tenha sucesso ela deve ser o ponto de partida de um processo de autoconhecimento e resgate de autoestima. Quando falamos em pessoas precisamos entender que cada ser humano é único, e não podemos colocá-lo numa caixinha e classificá-lo como isso ou aquilo. Por isso é muito importante que a consultora de imagem entenda cada cliente como único e auxilie nessa jornada de descobrimento da essência de cada um.
A missão da consultora é ajudar o cliente a explorar seus pontos fortes e ajustar o que pode ser melhorado. Acredito que meu diferencial seja justamente essa visão respeitosa e acolhedora, minha abordagem procura preservar a individualidade de cada cliente, mostrar para o mundo o que cada um deles tem de melhor e promover o ajuste do que pode ser aperfeiçoado, aliando o estilo pessoal, estilo de vida e história de cada pessoa com quem eu trabalho.
Acompanhando as semanas de moda e campanhas de lançamento podemos observar cada vez mais marcas com abordagens radicais e jogadas de marketing ousadas, como a Balenciaga, por exemplo, que recentemente foi o centro de polêmicas. Na sua opinião qual é o papel da moda na sociedade e quais rumos ela deve tomar?
Nunca se falou tanto de sustentabilidade, em todas as esferas da vida humana, e ela não se limita aos assuntos de meio ambiente, sustentabilidade é a capacidade de se sustentar ao longo do tempo, para que algo perdure deve ter uma base sólida de valores nobres, mas também é preciso ser flexível e resiliente para resistir e se adaptar as mudanças de novos tempos.
Acredito que com a moda isso também deva acontecer, ao passo que temos um movimento grande em favor da diversidade e a desconstrução de padrões, acredito que marcas com DNA pautado no belo e no clássico tem mais chance de se manterem vivas nesse mercado, se souberem se reinventar. Tenho uma sensação de que um movimento polarizado vem acontecendo nos dias de hoje, onde existe o grupo da “lacração” com looks e performances avassaladoras em contraponto a um grupo que está buscando o clássico, o minimalista, o belo. Gosto de pensar que existe espaço para todos, o que as pessoas estão precisando é entender onde elas se encaixam nisso tudo, como consultora de imagem estou aqui para ajudar nessa tarefa. A moda é passageira, o estilo permanece.
“Entendi que para me dedicar de verdade a algo é preciso colocar alma no que se faz, e alma para mim é o que mora na essência, na minha estava a moda e a comunicação.”