2024: O futuro a quem muda pertence, as oportunidades já estão vivas aqui, agora, no presente

2024: O futuro a quem muda pertence, as oportunidades já estão vivas aqui, agora, no presente

Os gênios do mundo não são muitos, são poucos. Aprender com eles, na capacidade que eles têm de antever as forças inexoráveis da evolução, é a grande e maior lição que todos poderiam aprender.

Felicidade é o contrafluxo da infelicidade. Alegria sem tristeza não existiria. Forças destruidoras destroem para forças criadoras criarem e construírem. E perante a inexorável vontade do universo de evolução, nada nunca neste mundo estará satisfeito e perfeito para jamais mudar. Logo, surgem as energias da destruição para nos incomodar profundamente e nos obrigar a mudar (recomendo o livro de Pietro Ubaldi – A grande síntese). 

Mas todos mudam? Não. Temos os gênios, são poucos. São aqueles que anteveem e antecedem o futuro. Uma minoria que muito sofre por isso. Geralmente incompreendidos e por vezes na história sendo crucificados, torturados e assassinados para que muito tempo depois possam ser absolvidos, ressuscitados e se transformam em guias, mentores, líderes eternamente reverenciados.

Outra parte da humanidade só muda na esteira das mudanças, são sugados pelas forças evidentes das mudanças e uns que se adaptam mais velozmente o fazem inclusive se apropriando de aspectos criativos potenciais dentro do que já mudou.

Outros mais lentos, demoram mais, porém terminam, mesmo sem saber e sem querer, mudando a reboque do que já notoriamente mudou. E alguns, teimosos beligerantes, que odeiam toda e qualquer mudança, lutam até o fim com suas próprias vidas e de pessoas as quais dizem amar, e ali praticam sem saber um “auto suicídio” a serviço do pior de todos os erros do mundo: o “autoengano trágico”.  Mas quando olhamos de forma detalhada a situação, e fugindo do risco das generalizações, vamos ver já instalados os exemplos que vão dar a grande virada no destino brasileiro para os próximos dez anos.

Tive a felicidade de conviver com alguns desses “gênios” na minha vida. E aqui vai um aprendizado que tive ainda aos meus 22, 23 anos de idade.  

Ele foi o meu primeiro “patrão” de verdade, o sábio, o Sr. Shunji Nishimura, que de uma oficinazinha de “conserta-se tudo”, na cidade de Pompeia, em São Paulo, deixou um espetacular legado de inovação e de educação.

A empresa Jacto, sinônimo de inovação, governança, sucessão e segurança econômico-financeira. E, além disso, esse ser humano deixou a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, uma casa de excelência no ensino da inovação evolutiva. Numa das crises, pois sempre tivemos crises, ele me disse: “Na época boa se prepara para época ruim. Na hora difícil quem estiver preparado vai crescer”. E para este gênio, o “velho Nishimura” a inovação e a administração financeira eram seus rigores intocáveis. Ele vivia com a certeza absoluta de ciclos positivos e negativos como essência do universo.

E neste ano de 2024 vamos assistir exatamente o sucesso daqueles que usaram os “bons ventos” para investimentos administrados na inovação, que fará com que cresçam perante concorrentes nacionais e internacionais exatamente no meio da “calmaria” ou dos ventos tempestuosos que cercam a maioria. O enfrentamento das mudanças climáticas com os modelos de integração lavoura, pecuária e florestas (ilpf) são exemplos reais.

As cooperativas brasileiras crescendo a dois dígitos, integrando agroindustrialização com agregação de valor nas commodities, são exemplos reais. 

A inteligência nacional de biocombustíveis e bioenergia a partir da cana, grãos, macaúba, palma, dos dejetos criando o biogás, eólicos e solares, são exemplos reais
E teremos um projeto de gigantesco poder transformador para toda a economia nacional chamado de: “Plano de transformação ecológica” com a proposta brasileira de restauração de 40 milhões de hectares de pastos degradados, o equivalente a toda área agrícola brasileira dos grãos, num ativo de riquezas irrigantes para toda economia e sociedade do país, além de significar um exemplo concreto para todos os demais países do cinturão tropical do planeta terra se inspirarem e o utilizarem.

Os investimentos serão da ordem de até US$ 160 bilhões por ano, um montante de dinheiro simplesmente monumental, o que poderíamos até comparar a um “Plano Marshall” (o plano que restaurou toda Europa após a 2ª Guerra Mundial) nacional.

Portanto, a mudança climática nos pede urgência, emergência, na mudança das práticas clássicas para as conservacionistas, sustentáveis. Emergência na pesquisa de materiais genéticos resistentes às alterações climáticas microbioma a microbioma. E com startups e explosão de genialidades na infraestrutura para diminuir os riscos nas cidades, além da valorização da ética nos conteúdos e na informação jornalística para enfrentamento das “drogas euforizantes de redes sociais”.

Emergência na integração do comércio, indústria e serviços ao lado da agropecuária e do movimento cooperativista no país. A mudança de todas as mudanças exigirá uma orquestração para termos muito mais sinfonias versus “cacofonias”.

Na grande síntese para 2024 e próximos anos de mudanças, temos a competência para usar sistemas resilientes de produção econômica e social nos ambientes tropicais. Nosso último livro: “Agroconsciente – a revolução criativa tropical” (editora Grupo Novo Século), aborda essa visão num modelo de “design thinking”.

Temos empreendedores e cooperativas competentes para agregar valor e disputar mercados internacionais com marcas mundiais nacionais. Temos pesquisa e educação competitivos a níveis mundiais quando não usamos o infeliz método da generalização do mal, onde sempre será possível dizer: “um monte de mentiras dizendo só a verdade” (Olivetto) temos exemplos sadios, positivos e de respeito internacional em unidades educacionais como Senai, Sebrae, Sescoop, Senar, Sesc, corredores inovativos como o PECEGE, na Esalq, em Piracicaba, na FIA-Pensa, Insper, FGV, USP, Unicamp e muitos outros, incluindo nossa própria atuação num elo para juventude internacional França & Brasil, com Audencia Business School de Nantes, com FECAP de São Paulo.

Menos polarização e mais conciliação. Faremos ou não as mudanças como agentes?  Sim, faremos. Com maior ou menor dificuldade, isso irá depender das lideranças e da governança. Mas faremos. “O Brasil é maior do que os buracos”, dizia o jornalista Joelmir Betting. Com certeza, o Brasil é maior do que os obstáculos.

Os normais mudam sob o comando das mudanças. Os geniais mudam antes antevendo as mudanças. Os teimosos não mudam nunca e terminam nos jazigos do passado.
2024, hora de acelerar os fundamentos reais à disposição ao lado dos que irão ao futuro. Uma simples dica: “fique de olho nos que já estão no caminho, decidir com quem irei ao futuro é a minha maior decisão neste instante presente”.

 

 

 

 


José Luiz Tejon
Doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai, mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie, jornalista e publicitário, com especializações em Harvard, MIT e PACE/USA e Insead na França.
Colunista da Rádio Eldorado e Estadão On-line, autor e coautor de 35 livros.
Coordenador acadêmico de Master Science Food & Agribusiness Management pela Audencia em Nantes/França e FECAP/Brasil.
Sócio Diretor da Biomarketing e da TCA International.
Profissional Head Agro Anefac. Prêmio Personalidade Agro ABAG 2023.
Ex-diretor do Grupo Estadão, da Agroceres e da Jacto S/A.

Date

01 Fevereiro 2024

Tags

Colunista, José Luiz Tejon

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